Na noite de quinta-feira (26), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma nova norma que altera as regras para o uso do rotativo do cartão de crédito. A principal mudança limita a permanência no rotativo a 30 dias. Após esse prazo, se a dívida não for quitada, as instituições financeiras serão obrigadas a oferecer uma linha de financiamento com juros menores do que os cobrados no rotativo, que, em dezembro, atingiram a marca de 484,6% ao ano. Com isso, os consumidores não poderão mais continuar pagando apenas o valor mínimo da fatura indefinidamente.
Mudança positiva, mas com ressalvas
Para os consumidores, essa nova regra é uma mudança positiva, pois visa combater a chamada “bola de neve” dos juros do rotativo, que faz com que as dívidas cresçam rapidamente. Entretanto, isso não deve servir como um incentivo para que se continue pagando apenas o mínimo da fatura. Estar endividado no cartão de crédito só não representa um problema quando há condições de honrar os pagamentos mensais. Caso contrário, o consumidor corre o risco de entrar em inadimplência.
Prazo de adequação dos bancos
As instituições financeiras têm até o dia 3 de abril para se adequar às novas normas. Além disso, o Governo anunciou que pretende reduzir os juros do cartão de crédito ainda no primeiro trimestre de 2017 e autorizou que as empresas cobrem preços diferentes para produtos ou serviços de acordo com a forma de pagamento, estimulando assim a concorrência entre os meios de pagamento.
Riscos do pagamento mínimo
Os juros do rotativo são historicamente altos, e em 2022, a dívida dos brasileiros com o cartão de crédito atingiu R$ 34,5 bilhões, de acordo com o Banco Central. A preocupação maior com a mudança é que ela possa incentivar os consumidores a pagar apenas o mínimo, o que nunca deve ser uma prática recomendada. Nesse caso, é aconselhável buscar outras linhas de crédito com juros menores.
Educação financeira e controle das dívidas
Quem está enfrentando dificuldades com o pagamento do cartão de crédito deve fazer um diagnóstico financeiro imediato, rever suas despesas e adotar hábitos financeiros mais saudáveis. O problema do descontrole financeiro muitas vezes tem origem em hábitos e comportamentos, por isso é fundamental que os consumidores busquem uma educação financeira para mudar suas atitudes e conseguir sair dessa situação. Apenas trocar uma dívida pela outra não resolverá o problema a longo prazo.
Uso consciente do cartão de crédito
O cartão de crédito pode ser uma ferramenta poderosa para quem sabe usá-lo com responsabilidade. Ele oferece benefícios como programas de milhas e outros prêmios, mas, sem controle, pode levar ao consumismo por impulso. A recomendação é que as dívidas no cartão de crédito não ultrapassem 30% do salário ou da renda mensal, para evitar o descontrole.
Em resumo, a nova regra traz benefícios ao combater os altos juros do rotativo, mas é essencial que os consumidores se eduquem financeiramente para evitar o acúmulo de dívidas e o uso irresponsável do cartão de crédito.
Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira, presidente da ABEFIN e da DSOP Educação Financeira, e autor de obras como “Terapia Financeira” e “Diário dos Sonhos”.
Na noite de quinta-feira (26), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma nova norma que altera as regras para o uso do rotativo do cartão de crédito. A principal mudança limita a permanência no rotativo a 30 dias. Após esse prazo, se a dívida não for quitada, as instituições financeiras serão obrigadas a oferecer uma linha de financiamento com juros menores do que os cobrados no rotativo, que, em dezembro, atingiram a marca de 484,6% ao ano. Com isso, os consumidores não poderão mais continuar pagando apenas o valor mínimo da fatura indefinidamente.
Mudança positiva, mas com ressalvas
Para os consumidores, essa nova regra é uma mudança positiva, pois visa combater a chamada “bola de neve” dos juros do rotativo, que faz com que as dívidas cresçam rapidamente. Entretanto, isso não deve servir como um incentivo para que se continue pagando apenas o mínimo da fatura. Estar endividado no cartão de crédito só não representa um problema quando há condições de honrar os pagamentos mensais. Caso contrário, o consumidor corre o risco de entrar em inadimplência.
Prazo de adequação dos bancos
As instituições financeiras têm até o dia 3 de abril para se adequar às novas normas. Além disso, o Governo anunciou que pretende reduzir os juros do cartão de crédito ainda no primeiro trimestre de 2017 e autorizou que as empresas cobrem preços diferentes para produtos ou serviços de acordo com a forma de pagamento, estimulando assim a concorrência entre os meios de pagamento.
Riscos do pagamento mínimo
Os juros do rotativo são historicamente altos, e em 2022, a dívida dos brasileiros com o cartão de crédito atingiu R$ 34,5 bilhões, de acordo com o Banco Central. A preocupação maior com a mudança é que ela possa incentivar os consumidores a pagar apenas o mínimo, o que nunca deve ser uma prática recomendada. Nesse caso, é aconselhável buscar outras linhas de crédito com juros menores.
Educação financeira e controle das dívidas
Quem está enfrentando dificuldades com o pagamento do cartão de crédito deve fazer um diagnóstico financeiro imediato, rever suas despesas e adotar hábitos financeiros mais saudáveis. O problema do descontrole financeiro muitas vezes tem origem em hábitos e comportamentos, por isso é fundamental que os consumidores busquem uma educação financeira para mudar suas atitudes e conseguir sair dessa situação. Apenas trocar uma dívida pela outra não resolverá o problema a longo prazo.
Uso consciente do cartão de crédito
O cartão de crédito pode ser uma ferramenta poderosa para quem sabe usá-lo com responsabilidade. Ele oferece benefícios como programas de milhas e outros prêmios, mas, sem controle, pode levar ao consumismo por impulso. A recomendação é que as dívidas no cartão de crédito não ultrapassem 30% do salário ou da renda mensal, para evitar o descontrole.
Em resumo, a nova regra traz benefícios ao combater os altos juros do rotativo, mas é essencial que os consumidores se eduquem financeiramente para evitar o acúmulo de dívidas e o uso irresponsável do cartão de crédito.
Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira, presidente da ABEFIN e da DSOP Educação Financeira, e autor de obras como “Terapia Financeira” e “Diário dos Sonhos”.